Guerra das Duas Rosas

Guerra das Duas Rosas foi uma guerra civil que ocorreu na Inglaterra, no século XV, que teve como causa a disputa pelo trono inglês.

Batalha de Barnet (1471), durante a Guerra das Duas Rosas
Batalha de Barnet (1471), durante a Guerra das Duas Rosas

 

O que foi

 

A Guerra das Duas Rosas foi uma guerra civil ocorrida na Inglaterra entre os anos de 1455 e 1485. Os conflitos ocorreram pela disputa do trono inglês entre duas importantes famílias nobres britânicas: Lancaster e York.

 

O nome da guerra é em função dos emblemas que representavam estas duas famílias: Casa de Lancaster (rosa vermelha) e Casa de York (rosa branca).



As principais causas foram:

 

- Rivalidade histórica entre as famílias nobres inglesas: Lancaster e York;

 

- Disputa pelo trono da Inglaterra entre estas duas famílias.

 

- Problemas financeiros e crise econômica na Inglaterra, que saiu derrotada para a França na Guerra dos Cem Anos (1337-1453).




Como começou

 

Em 1455, a Inglaterra era governada pelo rei Henrique VI da Casa Lancaster. A derrota na Guerra dos cem Anos (1337 a 1453), a administração fraca e os problemas mentais apresentados por Henrique VI gerou um clima favorável para a disputa pelo trono inglês. 

 

Ricardo, duque de York, se uniu a vários nobres ingleses e exigiu a renúncia de Henrique VI do trono da Inglaterra. Em 1455, Henrique VI organizou um exército para atacar Ricardo e seu grupo. Teve assim início a Guerra das Duas Rosas.

 

Durante os 30 anos, ocorreram várias batalhas e vitórias de ambos os lados. Milhares de ingleses morreram nos conflitos e a Inglaterra ficou praticamente dividida.

 

Pintura da Batalha de Tewkesbury durante a Guerra das Duas Rosas

Batalha de Tewkesbury (1471) durante a Guerra das Duas Rosas.

 


Final da guerra

 

Com a derrota e morte de Ricardo na Batalha de Bosworth (1485), o vencedor Henrique Tudor foi coroado rei da Inglaterra (Henrique VII). O novo rei conseguiu colocar fim ao conflito militar e a disputa política ao se casar com Isabel de York, unindo desta forma as duas famílias.



Principais consequências:

 

- Centralização política nas mãos do rei da Inglaterra;

 

- Fortalecimento da Dinastia Tudor;

 

- Formação da Monarquia Nacional na Inglaterra;

 

- Enfraquecimento do poder político de senhores feudais e nobres ligados às atividades rurais;

 

- Diminuição da influência inglesa na Europa;

 

- Aumento da influência dos comerciantes na vida política inglesa.

 

 



Última atualização: 03/03/20203

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).