Guerra dos Seis Dias
A Guerra dos Seis Dias foi um conflito militar que ocorreu entre árabes e israelense, em 1967, no Oriente Médio.
O que foi, data, local e países envolvidos
A Guerra dos Seis Dias foi um conflito militar entre Israel e um grupo de países árabes (Egito, Síria, Jordânia e Iraque), que ocorreu entre os dias 5 e 10 de junho de 1967.
A liga de países árabes recebeu apoio indireto da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Líbia, Argélia, Marrocos, Paquistão, Tunísia e Kuwait.
Os conflitos militares ocorreram na Península do Sinai, Colinas de Golã e Cisjordânia.
Esse conflito militar também ficou conhecido como Terceira Guerra Árabe-Israelense e Guerra de Junho de 1967.
Contexto histórico
Essa guerra esteve relacionada às disputas territoriais na conflituosa região do Oriente Médio. Como pano de fundo, também existiu as divergências políticas, ideológicas e, principalmente, religiosas (islamismo x judaísmo) entre Israel e países de maioria árabe da região.
Não podemos deixar também de lado os interesses geopolíticos, na região, de norte-americanos e soviéticos, no contexto da Guerra Fria. Enquanto os EUA tinham laços com Israel, os soviéticos se posicionaram, indiretamente, ao lado da Síria e consequentemente dos países árabes. Porém, vale dizer que as duas superpotências não atuaram diretamente (belicamente) no conflito.
Principais causas da Guerra dos Seis Dias:
• Havia altas tensões e frequentes escaramuças ao longo das fronteiras entre Israel e seus vizinhos árabes, particularmente com a Síria sobre o uso de recursos hídricos e disputas territoriais.
• O Egito exigiu, em maio de 1967, a retirada das Forças de Paz da ONU da fronteira entre Egito e Israel. Após a saída dos militares da ONU, aumentou a presença de forças militares egípcias na região de fronteira com Israel, deixando este país extremamente contrariado.
• Surgimento de governos nacionalistas árabes na região, principalmente na Síria e no Iraque. Esses nacionalistas defendiam o pan-arabismo (ideal de união dos povos árabes) e consideravam Israel o grande inimigo desse projeto.
• Origem e rápido crescimento de movimentos ligados à defesa dos interesses árabes na região. Entre esses movimentos, o mais importante foi a OLP (Organização para a Libertação da Palestina).
• Fechamento do estreito de Tiran (entre o Egito e a Arábia Saudita) pelo Egito.
Como começou a guerra:
Em 5 de junho de 1967, Israel fez um ataque preventivo contra aviões, que estavam em terra, da força aérea do Egito. Esse fato foi o estopim para o início do conflito. Logo em seguida, o exército israelense cercou as forças terrestres egípcias, que estavam na Faixa de Gaza e na Península do Sinai.
Como terminou e principais consequências:
• Vitória de Israel, que conquistou a Península do Sinai (tomada do Egito), a Faixa de Gaza (tomada do Egito), a Cisjordânia (tomada da Jordânia), Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã (tomada da Síria).
• Essa guerra piorou substancialmente os problemas de disputas e ocupações territoriais no Oriente Médio, levando diversos problemas para as décadas seguintes. Podemos dizer que até hoje, muitas consequências dessa guerra se fazem presentes na região.
• Morte de cerca de 21,8 mil pessoas, sendo cerca de 21 mil árabes e 800 israelenses.
• Crescimento significativo da quantidade de refugiados palestinos no Egito e na Jordânia.
Soldados israelenses verificando avião egípcio derrubado durante a Guerra dos Seis Dias. |
Publicado em: 16/08/2019
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
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Bibliografia Indicada
Fontes de referência:
- VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, Bruno. Olhares da História – Brasil e Mundo. São Paulo: Ática, 2019.
- MOCELLIN, Renato. História para o Ensino Médio. São Paulo: IBEP, 2014.