Marco Aurélio: imperador romano

Marco Aurélio foi um imperador romano e filósofo estoico da Antiguidade.

Marco Aurélio: imperador e filósofo romano
Marco Aurélio: imperador e filósofo romano

 

Quem foi

 

Marco Aurelio Antonino Augusto (nome completo) foi um escritor, filósofo estoico e imperador romano (entre os anos 161 e 180). Ficou conhecido, na História, como o “imperador filósofo” e também como “o imperador sábio”. Fazia parte da dinastia Antonina, que governou o Império Romano entre os anos de 96 e 192.


Biografia resumida e principais realizações como imperador:

 

Marco Aurélio nasceu na cidade de Roma, em 26 de abril de 121.

 

Seu primeiro período de reinado foi tranquilo, dando-lhe tempo para se dedicar aos estudos e à Filosofia.

 

Porém, na sequência, enfrentou dificuldades com guerras nas fronteiras do império. As principais guerras foram com os partas (povo da região da Pérsia), no Oriente, e também com os germanos (chamados bárbaros pelos romanos), na região Norte da Europa.

 

Com relação à política interna, manteve um bom relacionamento com o Senado.

 

Adotou medidas para melhorar a administração das províncias.

 

Combateu a crueldade contra os escravos, embora não tenha terminado com a escravidão em Roma. Dizia que os escravos eram pessoas e não podiam ser tratados como objetos.

 

Em 176, Marco Aurélio associou seu filho, Commodus, ao trono imperial. Assim, pai e filho governaram até o ano 180.

 

Faleceu em 17 de março de 180, aos 58 anos, na cidade de Sirmio (na atual Sérvia).

 

Sua obra filosófica e principais características

 

Marco Aurélio escreveu Meditações (também conhecida como Pensamentos) entre os anos de 170 e 180. Suas ideias filosóficas estão dentro da escola conhecida como Estoicismo. Nessa obra, composta por 12 livros, o imperador-filósofo apresenta as seguintes posições e características:

 

• Ênfase no sentimento de impotência do ser humano, diante do destino e dos deuses.

 

• Defesa da ideia de que os seres humanos devem dominar suas paixões.

 

• Aceitação do dever e das dificuldades da vida. Foi assim que ele encarou seu trabalho e o dever de governar o grande império romano.

 

• Pessimismo em relação ao destino do ser humano.

 

• Acreditava que o corpo era distinto da alma.

 

• Defendia a ideia de que a virtude era o bem supremo e a fonte da felicidade. Ele acreditava em viver uma vida de integridade moral, sabedoria, coragem e moderação.

 

• Defendia a ideia de que o ser humano inteligente, diante do mundo material e perecível, deve retornar para si mesmo. Para ele, é essa atitude que possibilita o sentido para a existência individual.

 

• Ele enfatizava a importância de viver o momento presente e não se preocupar excessivamente com o passado ou futuro. Esse foco no 'agora' era visto como um caminho para a paz interior.

 

• Via o universo como um único organismo racional, com todas as partes interconectadas. Os humanos, como parte desse organismo, devem viver em harmonia com a natureza e o cosmos.

 

• A impermanência da vida era um tema presente no pensamento de Marco Aurélio. Ele contemplava frequentemente a natureza transitória da vida e a inevitabilidade da morte, que ele via não como algo a temer, mas como uma parte natural da existência.

 

Estátua equestre do imperador Marco Aurélio

Estátua equestre do imperador romano Marco Aurélio.



Principais membros da família:

 

Pai: Marcus Annius Verus (senador romano)

 

Mãe: Domícia Lucila

 

Esposa: Faustina, a jovem

 

Filhos: Cômodo, Faustina, Annia Lucilla, Gemellus Lucillæ, Fadilla, Cornificia, Sabina e Annius Verus.

 

 

Busto de um homem branco de cabelo cacheado e barba

Busto do imperador e escritor Marco Aurélio



Exemplos de frases do imperador romano Marco Aurélio:

 

- "O mundo é apenas uma transformação perpétua; a vida é apenas uma ideia e uma opinião.".

 

- "Cada um vale o que valem os objetivos do seu esforço.".

 

- "Muitas vezes somos culpados por deixar de agir, e não apenas por agir.".

 

- "Nada de desgosto, nem de desânimo; se acabas de fracassar, recomeça.".

 

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).