Edito de Nantes

O Edito de Nantes foi um decreto que concedeu liberdade religiosa para os protestantes, na França, no final do século XVI.

Henrique IV: Edito de Nantes garantiu liberdade de culto para os protestantes franceses
Henrique IV: Edito de Nantes garantiu liberdade de culto para os protestantes franceses

 

O que foi

 

O Edito de Nantes foi um decreto assinado na cidade de Nantes (França) em 30 de abril de 1598 pelo rei francês Henrique IV.

 

 

Contexto histórico das guerras religiosas

 

O Edito de Nantes deve ser entendido dentro do contexto histórico das Guerras Religiosas do século XVI, que foi um período de muita intolerância religiosa na Europa.

 

O evento que mais simboliza esse período de perseguição e intolerância religiosa foi o Massacre de São Bartolomeu (também conhecida como Noite de São Bartolomeu). Entre os dias 23 e 24 de agosto de 1572, na cidade de Paris, entre 5.000 e 25.000 protestantes foram assassinados a mando do rei da França.

 

 

Do que tratava e o que estabeleceu

 

• O documento concedeu liberdade religiosa para os huguenotes (protestantes franceses) e colocou fim a vários anos de perseguições, violência e até mortes contra os protestantes. Vale dizer que, a religião oficial e seguida pela maioria das pessoas na França, nesse período, era a Católica Romana.

 

• Para garantir a segurança dos protestantes, o edito permitiu que eles mantivessem controle sobre certas cidades fortificadas na França.

 

• O edito também concedeu certos privilégios políticos aos huguenotes, incluindo o direito de ocupar cargos públicos, o que foi um reconhecimento significativo dos direitos das minorias religiosas na época.

 

• Os protestantes receberam os mesmos direitos civis que os católicos, um grande passo em direção à tolerância religiosa e coexistência em um país predominantemente católico.



Revogação

 

O Edito de Nantes foi revogado, pelo rei Luís XIV, em 23 de outubro de 1685.

 

Massacre da Noite de São Bartolomeu (1572)

Massacre da Noite de São Bartolomeu (1572): milhares de protestantes mortos.

 



Questões sobre o texto:

 

1. O Edito de Nantes foi um decreto assinado por Henrique IV em 1598. Qual era seu principal objetivo?

a) Conceder liberdade religiosa aos huguenotes e encerrar perseguições religiosas.
b) Estabelecer o Catolicismo como única religião oficial da França.
c) Expandir o território francês por meio de alianças religiosas.
d) Conceder privilégios políticos exclusivamente aos católicos.
e) Impor controle estatal absoluto sobre todas as práticas religiosas.



2. Dentro do contexto histórico, qual evento simbolizou o auge da intolerância religiosa na França?

a) Revogação do Edito de Nantes por Luís XIV.
b) Massacre de São Bartolomeu, em agosto de 1572.
c) Aliança entre protestantes e católicos em cidades fortificadas.
d) Assinatura do Edito de Fontainebleau, em 1685.
e) Conquista militar de Nantes durante as Guerras Religiosas.



3. O que o Edito de Nantes permitiu em relação à segurança dos huguenotes?

a) Controle sobre certas cidades fortificadas na França.
b) Formação de exércitos privados em todas as regiões.
c) Isenção de impostos para os protestantes em áreas urbanas.
d) Criação de territórios independentes governados pelos huguenotes.
e) Apoio militar direto do rei às suas comunidades religiosas.



4. Qual foi um dos privilégios políticos concedidos aos huguenotes pelo Edito de Nantes?

a) Representação obrigatória no Parlamento francês.
b) Exclusividade em negociações comerciais com o rei.
c) Participação no Conselho Real de Henrique IV.
d) Administração total das cidades majoritariamente protestantes.
e) Direito de ocupar cargos públicos.



5. O que aconteceu após a revogação do Edito de Nantes, em 1685?

a) A França tornou-se oficialmente um país protestante.
b) Os huguenotes receberam privilégios adicionais do rei Luís XIV.
c) A intolerância religiosa retornou, causando a fuga de milhares de huguenotes.
d) Henrique IV foi deposto por insistir na manutenção do Edito.
e) Todas as cidades fortificadas foram entregues ao controle católico.

 

 

 

 

 

Gabarito:

1. a
2. b
3. a
4. e
5. c

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).