John Locke

John Locke foi um filósofo inglês do século XVII, considerado um dos principais pensadores do Iluminismo, conhecido por suas teorias sobre empirismo e governo, especialmente a ideia de direitos naturais e o contrato social.

John Locke: um dos mais importantes filósofos do empirismo
John Locke: um dos mais importantes filósofos do empirismo

 

Quem foi



John Locke foi um importante filósofo inglês. É considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo. Foi também professor desta Universidade, onde lecionou grego, filosofia e retórica.

 

Suas ideias políticas e sociais tiveram influência significativa, indo muito além de sua vida, afetando as revoluções americana e francesa e formando a base de muitas constituições democráticas.


Biografia resumida de John Locke

 

Locke nasceu em 29 de agosto de 1632 na cidade inglesa de Wrington. Seu pai era advogado e puritano que lutou ao lado dos parlamentares durante a Guerra Civil Inglesa.


Teve uma vida voltada para o pensamento político e desenvolvimento intelectual. Estudou Filosofia, Medicina e Ciências Naturais na Universidade de Oxford, uma das mais conceituadas instituições de ensino superior da Inglaterra.

 

Em 1666, teve um encontro com Lord Ashley. Este fato levou a uma associação longa e frutífera entre os dois. Lord Ashley, mais tarde conde de Shaftesbury, tornou-se o patrono de Locke e o apresentou à política inglesa e a várias figuras influentes.



No ano de 1683, após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, foi morar na Holanda, retornando para a Inglaterra somente em 1688, após o restabelecimento do protestantismo.

 

Locke integrou o Parlamento Britânico entre 1695 e 1700. Com a subida ao poder do rei William III de Orange, Locke foi nomeado ministro do Comércio, em 1696. Ficou neste cargo até 1700, onde precisou sair por motivo de doença. 

 

Nunca se casou ou teve filhos.



Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, aos 72 anos, no condado de Essex (Inglaterra).

 


Empirismo filosófico de Locke



Para John Locke a busca do conhecimento deveria ocorrer através de experiências e não por deduções ou especulações. Desta forma, as experiências científicas devem ser baseadas na observação do mundo. O empirismo filosófico descarta também as explicações baseadas na fé. 



Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era uma tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e personalidade. Defendia também que todos os seres humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo.




Visão Política de Locke



Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo teólogo e bispo francês Jacques Bossuet. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil.



Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo por estas ideias forte oposição da Igreja Católica.



Locke, assim como Montesquieu, defendia que o poder deveria ser dividido em: Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por representar o povo, era o mais importante e, portanto, os outros dois deveriam estar subordinados a ele. Vale lembrar que, no entendimento de Montesquieu, deveria haver uma relação de equilíbrio entre os três poderes.



Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas, devem trocar a liberdade pela escravidão.

Retrato pintado de John Locke
John Locke: grande nome do empirismo e do liberalismo no século XVII.

 


Principais obras de John Locke:



- Cartas sobre a tolerância (1689)


- Dois Tratados sobre o governo civil (1689)


- Ensaio acerca do entendimento humano (1690)

 

- O Segundo Tratado de Governo Civil (1690)

 

- Pensamentos sobre a educação (1693)

 

- Da Conduta do Entendimento (1706)

 

Página título de livro antigo

Página – título da 1.ª edição do livro "Dois tragados sobre o governo": uma das principais obras de Locke.

 

 

Exemplos de frases de John Locke:


- "Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão seja geral".


- "A leitura fornece conhecimento à mente. O pensamento incorpora o que lemos".


- "As ações dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos".

- "Onde não há lei, não há liberdade".


- "O que te preocupa, te escraviza".


- "O preço de qualquer produto sobe ou desce à proporção do número de compradores e vendedores...".

 

 

Você sabia?

 

Locke considerava um desperdício uma propriedade que não era utilizada. Ele ia até mais longe, dizendo se tratar de uma ofensa contra a natureza.

 



Veja também:

 

Empirismo



 

QUIZ

 

Qual das alternativas abaixo não corresponde a uma ideia defendida por John Locke?

 






 

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).