Tutancâmon: o faraó menino

Tutancâmon foi um faraó do Egito Antigo, conhecido principalmente por seu túmulo quase intacto, descoberto em 1922, que revelou tesouros importantes da civilização egípcia.

Tutancâmon: o faraó menino
Tutancâmon: o faraó menino

 

Quem foi



Tutancâmon, também conhecido como o “Faraó Menino”, nasceu em 1.346 a.C. e morreu, aos 19 anos de idade, em 1.327 a.C. Foi faraó do Egito Antigo entre os anos de 1.336 a.C. e 1.327 a.C. Era filho do faraó Akhenaton. 

 

Seu reinado, embora relativamente insignificante em termos de impacto histórico na época, tornou-se um dos mais famosos devido à descoberta de seu túmulo praticamente intacto no século XX.

 

Biografia resumida


Ainda existem muitas dúvidas sobre a vida de Tutancâmon. Foi o último faraó da 18ª dinastia. Durante seu curto período de governo, levou a capital do Egito para Memphis e retomou o politeísmo, que havia sido abandonado pelo pai Akhenaton. Foi também o responsável por reformar e reconstruir os templos de Amon.

 

Sua esposa era Ankhesenamun, que provavelmente era sua meia-irmã, como era costume na realeza egípcia. Apesar de várias tentativas, parece que o casal não teve filhos sobreviventes, como evidenciado por dois fetos mumificados encontrados na tumba de Tutancâmon, considerados seus filhos natimortos.

 

Sabe-se que morreu de forma traumática ainda na adolescência. Alguns pesquisadores acreditam que ele tenha sido vítima de uma conspiração na corte e, possivelmente, tenha sido assassinado com um golpe na cabeça. Esta hipótese é sustentava, pois o crânio da múmia do faraó apresenta uma perfuração.

 

Porém, estudos mais recentes e avançados (inclusive de DNA) efetuados na múmia do faraó menino revelaram que a causa mais provável de sua morte tenha sido a malária. Estes estudos mostraram também que Tutancâmon era portador de uma doença conhecida como Köhler-Freiberg, que provoca inflamação em cartilagens e ossos dos pés. Um dos pés da múmia do faraó apresenta necrose, provavelmente causada pela má circulação sanguínea provocada pela doença. Logo, essa conjugação de doenças pode ter levado o faraó a morte.

 

Relevo com fundo dourado mostrando as figuras de Tutancamon e sua esposa

Tutancâmon e sua esposa Ankhesenamun




Tesouros de Tutancâmon


A importância atribuída para este faraó está relacionada ao fato de sua tumba, situada no Vale dos Reis, ter sido encontrada intacta. Nela, o arqueólogo inglês Howard Carter encontrou, em 1922, uma grande quantidade de tesouros. O corpo mumificado de Tutancâmon também estava na tumba, dentro de um sarcófago, coberto com uma máscara mortuária de ouro. O caixão onde estava a múmia do faraó também é de ouro maciço. 



Na tumba de Tutancâmon foram encontradas mais de cinco mil peças (tesouros). Entre os objetos estavam joias, objetos pessoais, ornamentos, vasos, esculturas, armas, etc.

 

Máscara mortuária de Tutancâmon em ouro.

Máscara mortuária de ouro de Tutancâmon




A lenda da maldição de Tutancâmon



Durante a escavação da tumba de Tutancâmon, alguns trabalhadores da equipe morreram de forma inesperada. Criou-se então a lenda da Maldição do Faraó. Na parede da pirâmide foi encontrada uma inscrição que dizia que morreria aquele que perturbasse o sono eterno do faraó. Porém, verificou-se depois que algumas pessoas haviam morrido após ter respirado fungos mortais que estavam concentrados dentro da pirâmide.


 

Curiosidades históricas:

 

- Pesquisadores divulgaram, em junho de 2016, que um punhal encontrado na tumba de Tutancâmon tem em sua composição um metal extraterrestre, com grande quantidade de cobalto e níquel. De acordo com os cientistas, o metal chegou ao nosso planeta através de um meteorito.

 

- Estudo divulgado por arqueólogos e cientistas, em 2010, apontam para a provável causa da morte de Tutancâmon: infecção óssea e malária.

 

 



Por Jefferson Evandro Machado Ramos

Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).