Economia na Primeira República
Neste período o café foi o principal produto brasileiro e a economia era agroexportadora.
Quais foram as principais características da economia brasileira na Primeira República (1889-1930)?
Introdução
A Primeira República é um período da história do Brasil que teve início em 15 de novembro de 1889 (Proclamação da República) e foi até a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder.
As principais características da economia do Brasil na Primeira República foram:
• Economia agroexportadora (produção agrícola voltada para a exportação).
• O principal produto agrícola era o café, que era produzido, principalmente, no interior do estado de São Paulo (região oeste e Vale do Paraíba). Havia também produção, em menor quantidade, nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A produção tinha como principal destino o mercado exterior, principalmente a Europa e os Estados Unidos. Essa fase econômica ficou conhecida como Ciclo do Café.
• A política econômica do governo federal era voltada para o favorecimento das oligarquias rurais (grandes fazendeiros).
• A indústria brasileira estava em lento processo de desenvolvimento. Ela se concentrava, principalmente, na cidade de São Paulo. O destaque era a indústria têxtil. A indústria estava se desenvolvendo com investimentos de parte dos produtores de café.
• Não região Norte do Brasil houve um significativo desenvolvimento da produção de borracha, principalmente no estado do Amazonas. Este período ficou conhecido como Ciclo da Borracha e foi do final do século XIX até a primeira década do século XX.
• Nesse período, também se destacou a produção de cacau no Nordeste brasileiro, principalmente no estado da Bahia.
• Na Primeira República, a classe econômica dominante era composta por ricos fazendeiros, principalmente da região Sudeste do Brasil. Essa classe social também possuía poder político.
• A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) impactou significativamente a economia brasileira. Como os países europeus, que estavam em guerra, pararam de exportar industrializados, o Brasil precisou buscar alternativas. A principal foi a política de substituição de exportações. Ou seja, começou a produzir em território nacional o que antes era comprado do exterior (principalmente bens de consumo). Isso fez com que a indústria brasileira começasse a produzir mais, além de se diversificar.
• A Primeira Guerra causou também forte impacto na cafeicultura brasileira. EUA e países europeus passaram a diminuir a compra do café do Brasil, fazendo com que o preço do produto caísse significativamente (nos mercados interno e externo). Para ajudar os cafeicultores, o governos estaduais e federal compravam os excedentes do produto e os estocava ou queimava. Assim, diminuía a quantidade de café no mercado e o preço subia. Essa política ficou conhecida como “Convênio de Taubaté” (1906) e “Política de Valorização do Café”.
• Houve também, nesse período, o aumento da imigração para ao Brasil, principalmente de europeus (italianos, espanhóis e alemães) e japoneses. Uma parte, principalmente de italianos, foi trabalhar nas indústrias de São Paulo. Mas a maioria dos imigrantes foi atuar como mão de obra na zona rural, principalmente nas fazendas do Sudeste e do Sul do Brasil.
• Os países que mais importaram o café brasileiro na Primeira República foram: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Suécia, Dinamarca e Argentina.
• Além do café, a economia brasileira também produzia e exportava outros produtos como, por exemplo, cacau, algodão, carne, couro, tabaco, açúcar e madeira.
Colheita do café: produto foi o foco da economia brasileira na Primeira República. |
QUIZ
Qual foi o principal produto produzido e exportado pelo Brasil na Primeira República?
Pergunta respondida por:
Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
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Bibliografia Indicada
- NAPOLITANO, Marcos. História do Brasil República – da queda da Monarquia ao fim do Estado Novo. São Paulo: Contexto, 2016.
- CARONE, Edgard. A Primeira República (1889-1930): texto e contexto. São Paulo: Difel, 1969.