Álvares de Azevedo
Álvares de Azevedo foi um poeta romântico brasileiro do século XIX.

Quem foi
Manuel Antônio Álvares de Azevedo foi um escritor brasileiro de meados do século XIX. É considerado um dos mais importantes poetas da Segunda Geração do Romantismo da Literatura Brasileira. Atuou também como dramaturgo, contista e ensaísta.
Embora tenha vivido pouco, produziu intensamente. A maioria de suas obras foram publicadas após sua morte.
Biografia resumida
- Nasceu na cidade de São Paulo, em 12 de setembro de 1831. Neste mesmo ano foi com a família, ainda bebeê residir na cidade do Rio de Janeiro.
- Em 1835, vivenciou a morte de seu irmão, que ainda era um bebê. Esse fato marcou muito sua vida de forma triste e negativa.
- Entrou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1847. Porém, já nessa época, apresentava grande interesse pela escrita e pela Literatura. Na faculdade, começou a escrever seus primeiros textos.
- Não concluiu o curso de Direito e passou a se dedicar integralmente à arte da escrita.
- Em 1849, fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano.
- No final de 1851, começou a apresentar os primeiros sintomas da tuberculose pulmonar. Essa doença foi a provável causa da morte de Álvares de Azevedo.
- Faleceu em 25 de abril de 1852, aos 20 anos, na cidade do Rio de Janeiro.
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Estátua em homenagem a Alvares de Azevedo na Faculdade de Direito da USP, São Paulo |
Principais características do seu estilo literário:
- Seu estilo e sua obra foram influenciadas pelos textos de Lord Byron e Musset (poeta, dramaturgo e novelista francês da primeira metade do século XIX).
- Obras com presença de sátiras, sarcasmos, ironias e sentimentos.
- Os principais temas abordados em suas obras foram: morte, amor idealizado, mulheres enigmáticas, fantasias, frustrações, sonhos, dor, sofrimento e recordações da irmã e da mãe.
Principais obras:
- Lira dos vinte anos (poemas) - 1853
- Macário (texto para o teatro) - 1855
- Noite na Taverna (contos de fantasias) - 1855
- Poema do frade (1862)
- O Conde Lopo (1866)
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Capa do livro Lira dos Vinte Anos |
Trecho de uma de suas obras
Lira dos Vinte Anos
(fragmento)
Álvares de Azevedo
Em frente do meu leito, em negro quadro,
A minha amante dorme. É uma estampa
De bela adormecida. A rósea face
Parece em visos de um amor lascivo
De fogos vagabundos acender-se...
E como a nívea mão recata o seio...
Oh! quantas vezes, ideal mimoso,
Não encheste minh’alma de ventura,
Quando louco, sedento e arquejante
Meus tristes lábios imprimi ardentes
No poento vidro que te guarda o sono!
Última atualização: 18/06/2022
Por Elaine Barbosa de Souza
Graduada em Letras (Português e Inglês) pela FMU (2002).
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Bibliografia Indicada
Álvares de Azevedo - o poeta que não conheceu o amor foi noivo da morte
Autor: Silva, Luciana Fátima da
Editora: Annablume