Sérgio Milliet: vida e obra

Milliet foi um poeta, intelectual e escritor que participou da Semana de Arte Moderna de 1922.

Sérgio Milliet: importante poeta da Primeira Geração do Modernismo Brasileiro
Sérgio Milliet: importante poeta da Primeira Geração do Modernismo Brasileiro

 

Quem foi

Sérgio Milliet da Costa e Silva foi escritor, tradutor, sociólogo, crítico de arte e professor. Integrou o movimento conhecido como Semana de Arte Moderna de 1922, que consolidou o Modernismo na expressão cultural brasileira.



Biografia resumida


Sérgio Milliet nasceu em São Paulo, em 20 de setembro de 1898, onde recebeu a educação básica formal.


Aos 14 anos vai morar em Genebra (Suíça), convivendo com poetas e artistas plásticos de renome.


Ainda nesse país, enquanto cursa Ciências Econômicas e Sociais, Sérgio publica dois livros de poesia, ambos no idioma francês que ele domina.


Quando retorna para São Paulo, participa da Semana de Arte Moderna, ocorrida entre 11 e 18 de fevereiro de 1922.


Em 1923 fixa-se em Paris e traduz poemas de escritores modernistas brasileiros, que são publicados na revista Lumière. Também escreve artigos para revistas brasileiras como Klaxon e Terra Roxa.


Volta a morar no Brasil em 1925, onde, acompanhado por outros intelectuais, funda a revista Cultura.


Assume o cargo de gerente do jornal paulistano Diário Nacional, criado pelo Partido Democrático.


Em 1935, Sérgio e outras personalidades idealizam o Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo. Sérgio fica responsável pela Divisão de Documentação Histórica e Social do recém criado departamento.


Traduz obras para o português, como Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, de Debret (1940) e Viagem à Terra do Brasil, de Jean de Léry (1941). Essas apresentam o Brasil colonial sob a perspectiva do olhar de estrangeiros.


Ministra aulas entre 1937 e 1944 na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, hoje conhecida como Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).


Atua como crítico de arte a partir de 1938, publicando artigos no jornal O Estado de São Paulo e lançando livros.


Defende a criação de um museu de arte moderna na cidade.


Torna-se diretor da Biblioteca Municipal de São Paulo, promovendo várias atividades culturais durante sua gestão.


Em 1949 torna-se o primeiro presidente da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA).


Entre 1952 e 1957 Sérgio ocupa o cargo de diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo, criado em 1948. Esse diretor esteve à frente da organização de três bienais internacionais de arte.


Recebe o Prêmio Jabuti, em 1959, no critério Personalidade Literária do Ano.


Morre na cidade de São Paulo, aos 68 anos, em 9 de novembro de 1966.




Principais características do seu estilo literário:


• A poesia de Sérgio Milliet recebeu influência das técnicas cubistas e futuristas.


• A pontuação é quase ausente.


• Superposição de ideias e imagens ao invés da sequência lógica.


• Uso de versos elíticos, independentes.

• Ele era conhecido por sua capacidade de dissecar criticamente fenômenos sociais, culturais e artísticos.

• Seu estilo literário muitas vezes incluía reflexões sobre estética e o papel da arte na sociedade.



Principais obras de Sérgio Milliet:


- Par le Sentir (1917)


- Le Départ Sur la Pluie (1919)


- Marcha à Ré (1936)


- Pintores e Pintura (1940)


- Pintura Quase Sempre (1944)


- Diário Crítico - Volume 1 (1944)

 

Capa do Livro Diário Crítico de Sérgio Milliet

Capa da obra Diário Crítico (segundo volume) de Sérgio Milliet.

 

 

 



Publicado em 16/07/2020