História do Automóvel

O automóvel surgiu em 1886 e revolucionou o mundo dos transportes.

Lanchester 1897: primeiro carro inglês
Lanchester 1897: primeiro carro inglês

 

O primeiro automóvel da história


O primeiro veículo motorizado a ser produzido com propósito comercial foi um carro com apenas três rodas. Este foi produzido, em 1885, pelo engenheiro alemão Karl Benz e possuía um motor a gasolina. Chamado de motorwagen (carro motorizado), as primeiras unidades foram produzidas pela empresa do inventor, a Benz & Co., na cidade alemã de Mannheim. Com sistema de arranque a manivela, este primeiro automóvel tinha potência de 0,8 cv, podendo atingir 18 km/h. Ele registrou seu automóvel em 1886, e este ano passou para a história como o ano da invenção do carro moderno.

 

Outro engenheiro alemão foi de extrema importância nestes primórdios da história do automóvel. Em Stuttgart, Gottlieb Daimler inventou, em 1886, o primeiro veículo de quatro rodas com motor de combustão interna. Sua invenção atingia a velocidade máxima de 16 km/h



Evolução do automóvel


Algum tempo depois, uma empresa francesa, chamada Panhard et Levassor, iniciou sua própria produção e venda de veículos. Em 1892, Henry Ford produziu seu primeiro Ford na América do Norte. 

 

Os ingleses demoraram um pouco mais em relação aos outros países europeus devido à lei da bandeira vermelha (1862). Esta impunha aos veículos transitar somente com uma pessoa em sua frente, segurando uma bandeira vermelha como sinal de aviso. O Lanchester foi o primeiro carro inglês, e, logo após dele, vieram outros como: Subean, Swift, Humber, Riley, Singer, Lagonda, etc. 

 

No ano de 1904, surgiu o primeiro Rolls Royce com um radiador que não passaria por nenhuma transformação. A Europa seguiu com sua frota de carros: na França (De Dion Bouton, Berliet, Rapid), na Itália (Fiat, Alfa-Romeo), na Alemanha (Mercedes-Benz), já a Suíça e a Espanha partiram para uma linha mais potente e luxuosa: o Hispano-Suiza. 

 

Após a Primeira Guerra Mundial, os fabricantes partiram para uma linha de produção mais barata, os automóveis aqui seriam mais compactos e fabricados em séries. Tanto Henry Ford, nos Estados Unidos da América, quanto Willian Morris, na Inglaterra, produziram modelos como: o Ford, o Morris e o Austin. Estes tiveram uma saída impressionante das fábricas. Impressionados com o resultado, logo outras fábricas começaram a produzir veículos da mesma forma, ou seja, em série. Este sistema de produção ficou conhecido como fordismo.

 

 

O automóvel no Brasil

 

No caso do Brasil e também em outros países da América Latina, esta evolução automotora chegou somente após a Segunda Guerra Mundial. Já na década de 30, fábricas estrangeiras, como a Ford e a General Motors, colocaram suas linhas de montagem no país. Porém, foi somente em 1956, durante o governo de Juscelino Kubitschek que as multinacionais automotivas começaram a montar os automóveis. Primeiramente fabricaram caminhões, camionetas, jipes, furgões e, finalmente, carros de passeio. Esta indústria foi iniciada pela Fábrica Nacional de Motores, que era responsável pela produção de caminhões pesados. Posteriormente vieram: automóvel "JK" com estilo Alfa-Romeo, Harvester, Mercedes-Benz do Brasil com seus caminhões e ônibus, a Scania-Vabis e a Toyota. 

 

Foto de um automóvel fusca de forma arredondada e de cor escura

Primeiro Fusca fabricado no Brasil

 

 

Logo depois, carros de passeio e camionetas começaram a ser fabricados: Volkswagem, DKW-Vemag, Willys-Overland, Simca, Galaxie, Corcel (da Ford), Opala (da Chevrolet), Esplanada, Regente e Dart (da Chrysler). Todos estes veículos, embora montados no Brasil, eram projetados nas matrizes europeias e norte-americanas, utilizando a maioria de peças e equipamentos importados. 

 

Diferente de antigamente, hoje o automóvel possui características como conforto e rapidez, além de ser bem mais silencioso e seguro. Nos últimos anos, os carros vêm passando por inúmeras mudanças, e estas, os tornam cada vez mais cobiçados por grande parte dos consumidores. Todo o processo de fabricação gera milhões de empregos em todo mundo e movimenta bilhões de dólares, gerando lucros para as multinacionais que os fabricam.

 

Karl Benz, o inventor do automóvel moderno.

Karl Benz (1844-1929): engenheiro alemão foi o inventor do automóvel moderno.



Curiosidades históricas:


- Foi somente na Exposição Universal de 1889, realizada em Paris, que o automóvel foi divulgado em nível mundial. Antes disso, poucas pessoas conheciam a invenção e o interesse era pequeno e restrito.

 

- Nos primeiros anos do século XX, a maioria dos automóveis produzidos era movida a energia elétrica ou a vapor. Foi somente na década de 1920 que os automóveis com motor a gasolina passaram a ter a preferência dos consumidores.

 

- A primeira corrida de automóveis da história ocorreu em 22 de julho 1894. O trajeto foi entre as cidades francesas de Paris e Rouen. O percurso da corrida era de 125 km. Com participação de 32 automóveis (somente 8 terminaram), a prova foi vencida pelo conde francês Albert de Dion. Porém, por desrespeitar vários regulamentos ele, foi desclassificado. Então, os jurados deram o prêmio aos fabricantes Panhard Et Lavassor e Peugeot.

 

- O primeiro pneu para automóveis foi lançado, em 1895, pela empresa francesa Michelin.

 

- O primeiro automóvel chegou ao Brasil no ano de 1893. A grande novidade foi comprada pelo inventor do avião, o brasileiro Santos Dumont.

 

- Comemora-se em 13 de maio o Dia do Automóvel e no dia 10 de novembro, o Dia da Indústria Automobilística.

 

- O carro mais barato comercializado na história do automóvel foi o Flyer 1922. Produzido pela empresa norte-americana Briggs & Stratton, ele era vendido por US$ 150 (por volta de US$ 1800 atualmente, com correção monetária), no começo da década de 1920.

 

- Um dos carros mais rápidos do mundo, na atualidade, é o Bugatti Veyron. Ele pode chegar a velocidade impressionante de 431 km/h.

 

Foto do primeiro automóvel de Karl Benz

Primeiro automóvel: registrado por Karl Benz em 1886.

 

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).