12 Curiosidades sobre Esparta na Antiguidade

Curiosidades culturais e históricas sobre a cidade-estado de Esparta na Antiguidade.

Conheça Esparta e suas curiosidades históricas.
Conheça Esparta e suas curiosidades históricas.

 

Introdução

 

Esparta foi uma das principais cidades-estado da Grécia Antiga, situada na região do Peloponeso. Conhecida por sua rígida organização social, política e militar, desenvolveu uma sociedade voltada à formação de guerreiros e à disciplina coletiva. Governada por uma diarquia e um sistema oligárquico, Esparta destacou-se por seu isolamento cultural, desprezo pelas artes e pela primazia dos valores bélicos, sendo rival histórica de Atenas e influente nas Guerras do Peloponeso.

 

CURIOSIDADES SOBRE ESPARTA:

 


1. Dupla monarquia: Esparta possuía um sistema político singular em que dois reis governavam simultaneamente, oriundos de duas famílias distintas (os Agíadas e os Euripôntidas), com funções militares e religiosas bem definidas.


2. Sociedade militarizada:
toda a estrutura social e cultural de Esparta era voltada para a guerra. Desde a infância, os meninos espartanos eram preparados para a vida militar por meio de um rígido sistema educacional chamado agogê.


3. Supressão das artes: ao contrário de Atenas, Esparta desestimulava expressões artísticas e intelectuais que não tivessem relação com a formação guerreira, privilegiando a austeridade e a obediência como virtudes centrais.


4. Direitos das mulheres: as mulheres espartanas gozavam de maior liberdade em comparação a outras cidades gregas. Podiam administrar propriedades, receber educação e participar de atividades esportivas, embora sempre em função do ideal de formar filhos fortes.


5. Xenelasia: Esparta adotava a prática da xenelasia, uma política de exclusão que proibia a permanência de estrangeiros em seu território, visando evitar a influência de costumes considerados decadentes.


6. Aversão ao luxo: os espartanos valorizavam a simplicidade e desprezavam o luxo. A moeda local era de ferro, o que dificultava a acumulação de riqueza e desencorajava o comércio externo.


7. Formação tardia da pólis: embora relevante na história grega, Esparta foi uma das últimas cidades a consolidar sua forma política, mantendo por mais tempo formas tribais de organização.


8. Ênfase no coletivo: o bem comum era mais importante do que o individual. Os espartanos eram educados para colocar os interesses da pólis acima de seus desejos pessoais.


9. Helotismo: a economia espartana dependia fortemente do trabalho dos hilotas, população submetida a uma forma de servidão estatal. Eles eram frequentemente submetidos a humilhações e controle rigoroso para evitar rebeliões.


10. Sissítia obrigatória: os cidadãos espartanos eram obrigados a participar de refeições coletivas chamadas sissítias, nas quais dividiam alimentos simples e reforçavam os laços de camaradagem e igualdade entre guerreiros. A sissítia espartana era composta por caldo negro (com sangue e carne de porco), pão de cevada, queijo, figos e vinho diluído, refletindo a simplicidade e a disciplina da vida militar.


11. Repressão à escrita: a escrita e a literatura não eram incentivadas, sendo consideradas secundárias diante do ideal guerreiro. A educação verbal e a memorização eram mais valorizadas.


12. Defesa passiva da cidade: Esparta não possuía muralhas de proteção. Seus cidadãos acreditavam que os soldados eram a verdadeira defesa da pólis, um símbolo de confiança em sua força militar.

 

Ilustração mostrando um soldado espartano e ao fundo a cidade de Esparta

Os soldados espartanos faziam a função de muralhas na cidade-estado.

 

 

Charge mostrando soldado espartano mandando uma criança parar de desenhar para ir brincar com a espada e escudo.
Em Esparta, a educação era voltada para a formação de guerreiros, valorizando o treinamento militar desde a infância e desencorajando práticas artísticas, consideradas incompatíveis com os ideais de disciplina e força.

 

 


 

Por Jefferson Evandro Machado Ramos (graduado em História pela USP)

Publicado em 22/04/2025