Legião Romana

A legião romana era uma unidade militar durante a época da República e Império Romano.

Legião Romana: um dos principais braços militares do Império Romano
Legião Romana: um dos principais braços militares do Império Romano

 

O que era a legião romana?

 

A legião romana era uma unidade militar de infantaria básica que existiu durante a República e o Império Romano. A legião romana era formada por 10 mil legionários e centenas de cavaleiros. Esses legionários eram voluntários que se alistavam no exército romano.



Origem da palavra 


A palavra legião deriva do latim (legio = recrutamento, alistamento). 



Legiões e legionários 


As legiões romanas eram diferenciadas por um nome e um número. Durante o auge do Império Romano, historiadores afirmam que existiram cerca de 50 legiões. Cada legião possuía entre 4.500 e 4.800 legionários.



Os legionários eram recrutados em épocas de necessidades militares, ou seja, quando Roma estava em expansão através de guerras. Eles eram muito disciplinados, bem treinados e respeitadores da hierarquia militar que existia dentro da legião.



As armas dos legionários romanos


O legionário romano era um soldado muito bem equipado e seu armamento lhe oferecia totais condições para uma batalha da época. Seu armamento principal era composto por: elmo de bronze (cassis), capacete metálico (galea), couraça de metal que protegia o peito (lorica), escudo de madeira ou couro (scutum), espada curta (gladio), lança de metal (hasta) e dardo de madeira com ponta de metal (pilo).




Participação nas conquistas 


A força militar do Império Romano estava centrada nestas legiões. Grande parte das conquistas militares romanas na Europa, Ásia e norte da África ocorreram graças à força e ao preparo militar destes soldados.

Legionários romanos fazendo a formação tartaruga
Legionários romanos realizando a formação tartaruga (relevo na coluna de Trajano).

 

 

Relevo em parede mostrando dois soldados com escudo e espada

Dois Legionários em guerra

 


Exemplos de formações militares de guerra usadas pelos legionários:

 

Manípulo: esta formação era usada durante o início da República Romana e era uma unidade de infantaria pequena e flexível. Cada manípulo contava com 120 homens, organizados em 12 filas e 10 colunas. Os manípulos eram implantadas em um padrão de tabuleiro de xadrez conhecido como quincunce, permitindo manobrabilidade e a capacidade de se apoiarem mutuamente em batalha. A formação manipular consistia em três linhas: os hastati (soldados jovens, menos experientes), os príncipes (soldados mais experientes) e os triarii (soldados veteranos). Esta formação foi projetada para lutar no terreno montanhoso e nos vales da Itália central, onde a formação em falange era menos eficaz.


Coorte: Após as Reformas Marianas em 107 a.C., a coorte substituiu o manípulo como a principal unidade tática dentro das legiões. Uma coorte era composta por aproximadamente 480 legionários divididos em seis centúrias de 80 homens cada. A primeira coorte era a mais prestigiada e mantinha o estandarte da legião. O sistema de coortes permitiu uma estrutura de exército mais permanente e profissional, com cada coorte agindo como uma unidade autossuficiente que poderia ser implantada independentemente ou como parte de uma força legionária maior.


Tartaruga: era uma formação defensiva usada principalmente durante cercos ou ao se aproximar de posições fortificadas. Os legionários alinhavam seus escudos para formar uma cobertura protetora sobre o topo e os lados da formação, assemelhando-se à casca de uma tartaruga. Esta muralha de escudos proporcionava proteção contra projéteis vindos de cima e da frente, permitindo que os soldados avançassem em direção às fortificações inimigas com menos baixas.

 

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).