Tartaruga Marinha

A Tartaruga Marinha é um réptil que vive nas águas dos oceanos tropicais e subtropicais do mundo. Existem várias espécies de tartarugas-marinhas.

Foto de Tartaruga Marinha
Foto de Tartaruga Marinha

 

O que são tartarugas marinhas?

As tartarugas marinhas são répteis que vivem nos oceanos em áreas tropicais e subtropicais. Elas fazem parte da superfamília Chelonioidea, sendo que existem seis gêneros e sete espécies destes animais.

 

 

DADOS E INFORMAÇÕES IMPORTANTES:

 

Existem sete espécies de tartarugas marinhas: tartaruga-oliva, tartaruga-cabeçuda, tartaruga-verde, tartaruga-de-pente, tartaruga-de-kemp, tartaruga-de-couro e natator depressus.

 

• O tamanho das tartarugas marinhas adultas pode variar de 1m até 2m de comprimento, caso da tartaruga-de-couro ou tartaruga-gigante. Indivíduos adultos desta espécie podem atingir até 600 kg.

 

• Estes répteis se alimentam, principalmente, de medusas, camarões, esponjas e águas-vivas.

 

• Quase todas as espécies são migratórias e conseguem se orientar pelos polos magnéticos do planeta. Elas viajam milhares de quilômetros entre suas áreas de alimentação e locais de nidificação (processo de construção de um ninho).

 

• As fêmeas atingem a maturidade sexual por volta dos 30 anos. Nesta fase, ela retorna para a praia onde nasceu para depositar os ovos. Estima-se que entre 100 filhotes nascidos, apenas um chegará a vida adulta.

 

• Possuem um comportamento solitário e vivem grande parte do tempo submersas nas águas dos oceanos.

 

• O acasalamento das tartarugas ocorre nas águas costeiras ou profundas dos oceanos.

 

• Dependendo da espécie, a cor das tartarugas pode variar do marrom ao verde.

 

• Possuem sistemas de audição e visão bem desenvolvidos.

 

• As tartarugas marinhas não podem retrair a cabeça e os membros para dentro do casco, como fazem as tartarugas terrestres. Eles têm uma cabeça relativamente longa e robusta para acomodar poderosos músculos da mandíbula.

 

• A estrutura da mandíbula nas tartarugas marinhas varia dependendo de sua dieta primária.

 

• Possuem uma carapaça grande e aerodinâmica, que as ajuda a deslizar na água. Dependendo da espécie, a casca pode ser dura e óssea ou flexível e coriácea.

 

• Em função da caça predatória por vários anos, grande parte das espécies encontra-se em situação de extinção.

 

 

Foto de uma Tartaruga-de-pente nadando

Tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata)

 

 

OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES:

 

Peso: em média de 300 a 600 (animal adulto).

Tempo de vida: as tartarugas marinhas são espécies de vida longa. Embora seja difícil determinar sua expectativa de vida na natureza, acredita-se que eles vivam por várias décadas, e alguns indivíduos podem chegar a 100 anos.


Comprimento: pode atingir até 2 metros de comprimento e 1,5 metros de largura (depende da espécie).


Reprodução: fecundação interna com 3 a 5 desovas numa mesma temporada de reprodução.

 

Imagem de uma tartaruga-marinha nas ágjuas do mar

Tartaruga-marinha-comum (Caretta caretta) também conhecida como tartaruga-cabeçuda.

 

 

Reprodução e desenvolvimento das tartatugas-marinhas:


1. Acasalamento: machos e fêmeas migram para áreas costeiras próximas às praias de desova para acasalar. O acasalamento geralmente ocorre em águas rasas, onde os machos utilizam suas nadadeiras dianteiras para se agarrar às fêmeas. O acasalamento pode ocorrer várias vezes durante uma única temporada reprodutiva, permitindo que as fêmeas armazenem esperma para uso posterior.

2. Postura dos ovos: as fêmeas retornam às praias onde nasceram para colocar os ovos, um comportamento conhecido como filopatria natal. Usando suas nadadeiras dianteiras, elas rastejam para fora da água, geralmente à noite, para minimizar o risco de predação e o superaquecimento. Elas cavam um ninho na areia com as nadadeiras traseiras e depositam uma ninhada de ovos, que pode variar de 50 a mais de 200, dependendo da espécie.

3. Incubação:
os ovos incubam na areia por cerca de 45 a 70 dias, sendo a temperatura um fator crucial para determinar o sexo dos filhotes. Areias mais quentes tendem a produzir mais fêmeas, enquanto as mais frias resultam em mais machos. Essa determinação sexual dependente da temperatura é essencial para manter o equilíbrio das populações.

4. Eclosão:
os filhotes emergem dos ovos em um esforço coordenado, cavando até a superfície. Isso geralmente ocorre à noite para evitar predadores e o calor intenso do sol. Instintivamente, os filhotes se movem em direção ao horizonte mais claro, que geralmente é o oceano, a menos que luzes artificiais os desviem do caminho.

5. Migração para o oceano: ao alcançar o oceano, os filhotes iniciam uma "corrida de natação", um período de natação rápida e contínua que os ajuda a se afastar da costa e alcançar águas mais seguras. Essa fase é crucial para evitar predadores e chegar a habitats adequados para seu desenvolvimento inicial.

6. Estágio juvenil e maturação: após a migração inicial, as tartarugas juvenis passam vários anos em habitats de desenvolvimento, geralmente zonas oceânicas ricas em alimento. À medida que crescem, migram para áreas costeiras de alimentação. A maturidade sexual é alcançada em idades diferentes, dependendo da espécie, variando de 10 a 50 anos.

7. O ciclo então se repete: quando as tartarugas maduras retornam às praias natais para se reproduzir, garantindo a continuidade da espécie. Esse ciclo de vida é altamente vulnerável a ameaças como destruição de habitat, mudanças climáticas e predação, tornando os esforços de conservação essenciais para sua sobrevivência.

 

 

 

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

 
Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Reptilia

Ordem: Testudinata

Família: Cheloniidae



CURIOSIDADES:

 

• É comemorado em 16 de junho o Dia Internacional da Tartaruga Marinha.

 

• A maioria das espécies se orientam nas águas marinhas usando como referência o campo magnético da Terra.

 

Filhotes de Tartarugas-marinhas na areia do mar

Filhotes de Tartarugas-marinhas que acabaram de sair dos ovos e estão indo em direção à água do mar.

 

 



Artigo revisado por Tânia Cabral - Professora de Biologia e Ciências - graduada na Unesp, 2001.

Tartaruga-de-pente

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