Cavaleiros Medievais
Os cavaleiros medievais faziam parte da nobreza na Idade Média e tinham a função de guerrear. Possuíam muito prestígio na sociedade medieval.

Quem eram
Os cavaleiros medievais eram guerreiros que faziam parte da nobreza. Na Idade Média (séculos v ao XV), a guerra era muito comum e os senhores feudais e reis necessitavam de cavaleiros para fazer a proteção do feudo ou conquistar novas terras e riquezas. Quanto mais cavaleiros possuía um nobre, maior seria o seu poder militar.
A formação do cavaleiro
Para se tornar cavaleiro era necessário fazer parte da nobreza, pois os equipamentos de guerra (espada, escudo, elmo, armadura) e o cavalo custavam caro. Os camponeses não tinham recursos para se tornarem cavaleiros, nem mesmo tempo para o treinamento.
Desde criança, o menino era destinado, pelo pai, para ser um cavaleiro e começava o treinamento. Devia saber usar as armas, aprender técnicas de combate, preparar o físico, montar o cavalo e valorizar as atitudes de um cavaleiro. Valentia, fidelidade, dignidade e lealdade eram características exigidas num cavaleiro medieval. As virtudes cristãs também faziam parte do caráter dos cavaleiros medievais.
Ao se tornar adulto, o aprendiz tornava-se cavaleiro através de uma cerimônia. Passava a noite numa igreja, orando. No dia seguinte devia fazer juramento de lealdade ao seu suserano. Geralmente ganhavam um terreno (feudo) para construir sua habitação.
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Ordenação de um Cavaleiro (1901): obra do pintor britânico Edmund Blair. |
Participação nos torneios
Os cavaleiros medievais costumam participar de torneios. Estes eventos festivos contavam com lutas e disputas entre os cavaleiros de uma região. Era uma das diversões no período do feudalismo.
Participação nas Cruzadas
Os cavaleiros medievais participaram das Cruzadas, batalhas em que os cristãos tentaram retomar a Terra Santa (Jerusalém) das mãos dos muçulmanos.
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Exemplos de armaduras e armas utilizadas pelos cavaleiros medievais. |
A vida dos cavaleiros medievais:
Como era um dia comum de um cavaleiro medieval?
Em um dia comum, o cavaleiro medieval costumava despertar ao nascer do sol e iniciava suas atividades com orações, seguindo os preceitos cristãos da época. Após o desjejum, ele se dedicava aos treinamentos militares, como o manejo da espada, o uso da lança, o arco e a equitação, fundamentais para manter sua habilidade em combate. Também podia administrar as terras concedidas por senhores feudais, supervisionando camponeses, resolvendo disputas locais ou prestando contas a seus superiores. Ao longo do dia, era comum participar de reuniões com outros nobres ou do tribunal senhorial. As noites eram reservadas para banquetes, estudos religiosos ou descanso, em seus castelos ou fortalezas.
Como era um dia de guerra de um cavaleiro medieval?
Em um dia de guerra, o cavaleiro despertava antes do amanhecer, preparava suas armas, armaduras e montaria, muitas vezes com o auxílio de escudeiros. Após uma breve oração pedindo proteção divina, reunia-se com seu senhor ou comandante para receber ordens e planejar a batalha. Durante o confronto, lançava-se ao combate com coragem e brutalidade, utilizando sua força física e técnica para enfrentar o inimigo corpo a corpo. A batalha poderia durar horas ou dias, e exigia resistência, coordenação com os aliados e estratégia. Ao fim do combate, se sobrevivesse, o cavaleiro cuidava dos feridos, recolhia prisioneiros ou despojos e participava de cerimônias de vitória ou luto, dependendo do desfecho da batalha.
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
Bibliografia e vídeos indicados:
Fonte de referência do texto:
ARRUDA. José Jobson de Andrade. História Antiga e Medieval. São Paulo: Editora Ática, 1988.
Vídeo indicado no YouTube:
Os Cavaleiros Medievais: Nobreza e Honra nos Campos de Batalha - Canal Foca na História