Linha do Tempo da História da Arte

Uma linha do tempo da história da arte serve para organizar cronologicamente os principais períodos e movimentos artísticos, permitindo a compreensão de sua evolução e das transformações culturais ao longo do tempo.

Os eventos cronológicos da História da Arte.
Os eventos cronológicos da História da Arte.


LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA ARTE (DA PRÉ-HISTÓRIA AOS DIAS ATUAIS)

 


Pré-História (c. 40.000 a.C. – c. 3.000 a.C.)


- Arte rupestre (c. 40.000 a.C. – c. 10.000 a.C.): realizada nas paredes de cavernas, destacando-se figuras de animais e cenas de caça.

- Arte megalítica (c. 5.000 a.C. – c. 2.000 a.C.): estruturas monumentais em pedra, como dólmens e menires, com função religiosa ou funerária.



Antiguidade (c. 3.000 a.C. – 476 d.C.)


- Arte egípcia (c. 3.100 a.C. – 30 a.C.): fortemente ligada à religião e à vida após a morte, com destaque para a escultura monumental e a pintura simbólica.

- Arte mesopotâmica (c. 3.000 a.C. – 539 a.C.): desenvolvimento de relevos narrativos e arquitetura em zigurates.

- Arte grega (c. 1.100 a.C. – 146 a.C.): busca do ideal de beleza, harmonia e proporção, com destaque para escultura e arquitetura.

- Arte etrusca (c. 900 a.C. – 100 a.C.): fusão de influências gregas e locais, visível em túmulos e esculturas cerimoniais.

- Arte romana (c. 509 a.C. – 476 d.C.): utilitária e monumental, incorporou e adaptou elementos gregos, destacando-se pela engenharia e pelo realismo em retratos.



Idade Média (476 – c. 1400)

- Arte paleocristã (c. 200 – 500): foco em temas religiosos, uso simbólico da imagem e influência romana.

- Arte bizantina (c. 330 – 1453): predominância da iconografia religiosa, mosaicos dourados e arte sacra imperial.

- Arte islâmica (a partir do século VII – presente): ênfase na caligrafia, nos padrões geométricos e na arquitetura com cúpulas e minaretes.

- Arte românica (c. 1000 – 1150): características robustas e simbólicas, visível em igrejas e afrescos murais.

- Arte gótica (c. 1150 – 1400): vertente mais refinada e verticalizada, com vitrais coloridos, rosáceas e esculturas detalhadas.



Renascimento (c. 1400 – c. 1600)

- Renascimento italiano (c. 1400 – 1600): valorização do humanismo, perspectiva linear e retomada dos ideais clássicos.

- Renascimento do Norte da Europa (c. 1450 – 1600): atenção ao detalhe, ao simbolismo e ao uso do óleo sobre madeira.



Barroco (c. 1600 – c. 1750)

- Barroco italiano (c. 1600 – 1700): dramaticidade, movimento e teatralidade nas composições religiosas.

- Barroco flamengo (c. 1600 – 1700): foco no realismo e na exuberância, com destaque para artistas como Rubens.

- Barroco espanhol (c. 1600 – 1700): intensidade emocional e forte religiosidade, como visto nas obras de Velázquez.

- Barroco colonial (c. 1600 – 1750): adaptação do estilo europeu nas Américas, especialmente em igrejas e esculturas sacras.



Rococó (c. 1720 – c. 1780)

- Rococó francês (c. 1720 – 1780): arte aristocrática, com temas leves, decoração refinada e tons suaves.

- Rococó alemão (c. 1730 – 1780): expressão mais ornamental e exuberante, especialmente na arquitetura e no interior de igrejas.



Neoclassicismo (c. 1750 – c. 1830)

- Neoclassicismo francês (c. 1760 – 1830): retorno à simplicidade e à moralidade da arte clássica, valorizando a razão e a virtude.

- Neoclassicismo inglês (c. 1750 – 1830): influência greco-romana na escultura, pintura e arquitetura, em oposição ao excesso do rococó.



Romantismo (c. 1800 – c. 1850)

- Romantismo francês (c. 1800 – 1850): expressão de sentimentos intensos, nacionalismo e cenas dramáticas.

- Romantismo alemão (c. 1790 – 1840): introspecção, espiritualidade e valorização da natureza sublime.



Realismo (c. 1840 – c. 1880)

- Realismo francês (c. 1840 – 1880): retrato fiel da vida cotidiana e das classes trabalhadoras, com crítica social.

- Realismo russo (c. 1850 – 1880): enfoque moral e narrativo, abordando frequentemente o sofrimento humano.



Impressionismo (c. 1870 – c. 1890)

- Impressionismo francês (c. 1870 – 1890): uso da luz natural, pinceladas rápidas e cenas ao ar livre.

- Pós-impressionismo (c. 1880 – 1910): desenvolvimento individual de estilos por artistas como Van Gogh e Cézanne, buscando maior subjetividade.



Modernismo (c. 1890 – c. 1960)

- Simbolismo (c. 1880 – 1910): ênfase na imaginação, no sonho e em conteúdos subjetivos.

- Art Nouveau (c. 1890 – 1910): valorização das formas orgânicas e da decoração integrada.

- Fauvismo (c. 1905 – 1910): uso intenso e arbitrário das cores, com formas simplificadas.

- Expressionismo (c. 1905 – 1930): distorção da realidade para expressar emoções profundas.

- Cubismo (c. 1907 – 1914): decomposição das formas e multiplicidade de perspectivas, como visto em Picasso.

- Futurismo (c. 1909 – 1944): exaltação da velocidade, da máquina e da modernidade.

- Dadaísmo (c. 1916 – 1924): reação anárquica contra a arte tradicional e a lógica.

- Surrealismo (c. 1924 – 1966): exploração do inconsciente e da lógica dos sonhos.

- Abstracionismo (c. 1910 – 1960): eliminação da figuração, buscando formas puras e universais.

- Construtivismo (c. 1915 – 1930): arte voltada à construção social, integrando arte e tecnologia.

- Arte abstrata geométrica (c. 1920 – 1960): racionalismo estético com formas simples e cores puras.



Pós-modernismo e Arte Contemporânea (c. 1960 – atualidade)

- Pop art (c. 1955 – 1975): apropriação da cultura de massa e das imagens do consumo popular.

- Minimalismo (c. 1960 – 1980): redução formal e ausência de expressividade direta.

- Arte conceitual (c. 1965 – 1980): valorização da ideia sobre o objeto artístico.

- Arte performática (c. 1960 – presente): o corpo como meio de expressão artística.

- Land art (c. 1968 – presente): intervenções artísticas em paisagens naturais.

- Arte digital (c. 1980 – presente): uso das tecnologias computacionais na criação artística.

- Street art (c. 1980 – presente): arte urbana com intervenções visuais em espaços públicos.

- Arte pós-colonial (c. 1990 – presente): reflexões sobre identidade, memória e poder a partir de experiências históricas diversas.

 

 

Ilustração mostrando imagens relacionadas a importantes movimentos artísticos

Linha do tempo da História da Arte: grande importância para entender a evolução da arte.

 

 


 

Por Jefferson Evandro Machado Ramos (graduado em História pela USP)

Publicado em 10/04/2025