Vicente do Rego Monteiro

Vicente do Rego foi um escultor e pintor modernista brasileiro.

Vicente do Rego Monteiro: importante pintor da Arte Moderna brasileira
Vicente do Rego Monteiro: importante pintor da Arte Moderna brasileira

 

Quem foi

 

Vicente do Rego Monteiro foi um desenhista, pintor, tipógrafo, escultor, poeta e professor de artes brasileiro do século XX. É considerado um importante representante da Arte Moderna no Brasil, principalmente no campo da pintura artística.



Biografia resumida de Vicente do Rego

 

Vicente do Rego nasceu na cidade de Recife (Pernambuco), em 19 de dezembro de 1899.

 

Entre 1911 e 1914, estudou artes na Académie Julian de Paris.

 

Em 1914, saiu da França, em função do início da Primeira Guerra Mundial, e voltou para o Brasil. Foi morar na cidade do Rio de Janeiro.

 

Na década de 1920, se aproximou do movimento Modernista. Nessa época, suas obras apresentavam características do futurismo.

 

Em 1921, fez uma importante e reconhecida exposição, de temática indígena, no Rio de Janeiro e no Recife.

 

Em 1922, viajou por diversos países da Europa. Ao retornar, foi trabalhar no jornal pernambucano “Fronteiras”.

 

Oito de suas obras foram expostas na Semana de Arte Moderna de 1922.

 

Em 1938, assumiu o cargo público de diretor da Imprensa Oficial em Recife. Nesse mesmo ano, passou a atuar como professor de desenho e artes do Colégio Pernambucano.

 

Em 1946, fundou a Editora La Presse à Bras, voltada para a publicação de poesias de escritores brasileiros e franceses.

 

No final da década de 1950, foi contratado para trabalhar como professor na Escola de Belas Artes de Recife.

 

Em 1960, recebeu o Prêmio Guillaume Apollinaire pela obra Broussais - La Charité (livro publicado na França)

 

Em 1966, foi morar na cidade de Brasília e passou a lecionar no Instituto Central de Artes.

 

- Faleceu em 5 de junho de 1970, aos 70 anos, na cidade de Recife.




Principais características de seu estilo artístico (pintura):

 

Os principais temas retratados em suas obras foram: seres humanos, natureza morta, retratos, indígenas e religião (principalmente ligada ao cristianismo).

 

A temática indígena, que aparece em muitas de suas obras, nasceu do seu interesse pelos costumes e lendas da Amazônia.

 

Presença, em muitas de suas pinturas, de sensualidade e sinuosidade (curvas irregulares).

 

Se dedicou à escultura nos primeiros anos de sua carreira.

 

Durante sua estadia na Europa, especialmente em Paris, ele absorveu influências do Cubismo e do Expressionismo. Essas influências são perceptíveis em seu trabalho através da abstração e da deformação de algumas figuras.

 

Uso de cores discretas e de forma pouco intensa. As cores que mais aparecem em suas obras são: laranja, marrom, vermelho, preto e cinza.

 

As principais técnicas de pintura utilizadas foram: óleo sobre cartão, óleo sobre tela e grafite sobre papel.

 

Com suas cores, traços e temáticas, Vicente do Rego Monteiro criou ambientes místicos e metafísicos.

 

Natureza Morta com violão

Natureza Morta com violão (1928): pintura de Vicente do Rego.



Principais obras de Vicente do Rego Monteiro (pinturas):

 

- Menino (década de 1920)

 

- Figura feminina (década de 1920)

 

- Cabeças de negras (1920)

 

- Retrato da mãe do artista (1920)

 

- Retrato de Ronald de Carvalho (1921)

 

- A Cobra Grande Manda para Sua Filha a Noz de Tucumã (1921)

 

- Índia (1921)

 

- A Crucifixão (1922)

 

- Flagelação (1923)

 

- Fuga para o Egito (1923)

 

- Os Calceteiros (1924)

 

- O Rabino (1924)

 

- Pietá (1924)

 

- Atirador de Arco (1925)

 

- A Mulher e o Galgo (1925)

 

- Natureza Morta com violão (1928)

 

- Moderna Degolação de São João Batista (1929)

 

- Minha Cafeteira (1942)

 

- Leda e o Cisne (1947)

 

- As Religiosas (1969)

 

A Crucifixão, obra do pintor Vicente do Rego Monteiro

A Crucifixão (1922), obra do pintor Vicente do Rego Monteiro.

 


 



Artigo publicado em 30/10/2019 e atualizado em 13/01/2024


Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).