Geografia da Região Norte do Brasil
Conheça neste texto os principais aspectos geográficos da região Norte do Brasil.
Introdução: principais aspectos
A região norte do Brasil abrange os Estados do Acre (AC), Amapá (AP), Amazonas (AM), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO). Com 3.870.000 km², ocupa 45% do território brasileiro. Apesar de sua grande extensão, sua população é a segunda menor do país, com apenas 18,6 milhões de moradores (dados de 2023, IBGE), ou seja, cerca de 8% da população brasileira.
Clima
A região norte é cortada pela linha do Equador e todo o seu território está localizado na região de baixas latitudes. Por essa razão, o clima na região é quente e sofre baixa variação térmica ao longo de todo o ano.
As massas de ar que afetam a região são a Equatorial atlântica e a Equatorial continental. Ambas massas são úmidas e quentes, de forma que as precipitações na região são abundantes ao longo de todo o ano, com taxas de pluviosidade que ultrapassam os 2.500 mm anuais.
Relevo
O relevo da região norte do Brasil é composto pela Planície Amazônica, pelo Planalto Central e pelo Planalto das Guianas. A Planície Amazônica é uma região formada por deposição de sedimentos. As altitudes não ultrapassam os 350 m de altitude, de forma que parte do terreno é inundado em períodos de cheia.
Na porção Sul da região Norte encontra-se o Planalto Central, formado por escudos cristalinos e rochas sedimentares. Ao norte da região, encontra-se o Planalto das Guianas, formado por escudos cristalinos residuais da planície amazônica. Nessa região encontram-se os picos mais elevados do Brasil, como o Pico da Neblina (2993m), localizado na fronteira com a Venezuela.
Vegetação
A vegetação predominante em toda a região norte é a Floresta Amazônica, formada por uma mata fechada úmida, com presença de uma grande biodiversidade vegetal e animal. Além da floresta amazônica, também são encontrados manguezais nas regiões litorâneas e faixas de cerrado, principalmente em Rondônia, Roraima e no Tocantins. Nas várzeas de inundação (áreas inundadas apenas nos períodos de cheia), formam-se os campos, com predominância de vegetação rasteira.
Floresta Amazônica: bioma predominante na região Norte do Brasil. |
Hidrografia
A região norte é drenada pelos afluentes da bacia do Amazonas, com exceção da porção leste do Estado do Pará, que é drenada pela Bacia do Rio Araguaia e Tocantins. A maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal, está localizada no curso do Rio Araguaia, no estado de Tocantins.
Principais rios da região Norte do Brasil:
- Rio Amazonas
- Rio Tapajós
- Rio Solimões
- Rio Purus
- Rio Negro
- Rio Juruá
- Rio Xingu
- Rio Trombetas
- Rio Acre
- Rio Arinos
- Rio Japurá
- Rio Branco
- Rio Jutaí
- Rio Mapuera
- Rio Paru
- Rio Jari
- Rio Uatumã
- Rio Ji-Paraná
- Rio Iriri
- Rio Curuá
- Rio Jamanxim
- Rio Araguari
- Rio Juruena
- Rio Urariquera
- Rio Iça
- Rio Embira
- Rio Uaupés
- Rio Aripuanã
- Rio Cuminá
- Rio Capim
- Rio Guamá
- Rio Fresco
- Rio do Sono
- Rio Caciporé
- Rio Javari
- Rio Içana
- Rio Curuduri
- Rio Caurés
- Rio Jaú
- Rio Aruã
- Rio Tapauá
- Rio Candeias
Rio Amazonas: um dos mais importantes da região Norte do Brasil. |
Economia
O extrativismo mineral e vegetal é a principal atividade econômica da região Norte. O extrativismo é realizado tanto de forma sustentável pelos povos indígenas e demais povos da floresta, como de forma predatória pelas grandes empresas de mineração.
A região norte é a menos industrializada no país. Para tentar reduzir as desigualdades regionais, em 1967 foi criada a Zona Franca de Manaus, para contribuir com a industrialização da região. Atualmente, a Zona Franca de Manaus contribui com 25% do PIB do Estado do Amazonas.
O agronegócio também se destaca na região, com o crescimento dos rebanhos de gado de corte e produtos agrícolas para exportação.
Zona Franca de Manaus: principal polo industrial da região Norte do Brasil. |
Publicado em 06/03/2020
Por Jóyce Oliveira Leitão
Licenciada em Geografia (Universidade Estadual de Londrina - 2009), Bacharela em Geografia (USP - 2014) e Mestra em Geografia (Unicamp - 2017).