Imperialismo na África e consequências

O continente africano teve muitos problemas gerados pelo imperialismo europeu do final do século 19.

Charge satirizando o imperialismo na África
Charge satirizando o imperialismo na África



Imperialismo na África 

 

Na segunda metade do século XIX, a África foi colonizada e explorada por nações europeias, principalmente, Reino Unido, França, Holanda, Bélgica e Alemanha. Este período ficou conhecido como neocolonialismo.



Como a Europa passava pelo processo de Revolução Industrial, necessitava de matérias-primas e novos mercados consumidores para as mercadorias produzidas pelas indústrias europeias. Uma solução encontrada foi a exploração de regiões da Ásia e África.



O continente africano foi “repartido” entre os países europeus que implantaram um sistema imperialista, desrespeitando a cultura e diversidade étnica na região.

 

A Conferência de Berlim, realizada entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, estabeleceu grande parte das determinações da divisão e partição da África entre os países europeus.




O imperialismo na África teve as seguintes características:



• Os países europeus forçaram os povos africanos a seguirem aspectos culturais europeus, justificando que estavam levando o progresso e a ciência para o continente;

 

• A superioridade militar europeia foi usada para dominar e evitar revoltas e manifestações populares;

 

• Os europeus praticamente obrigaram os africanos a consumirem os produtos fabricados nas indústrias europeias;

 

• O território da África foi dividido entre as nações europeias, ignorando os povos que ali viviam;

 

• Enquanto algumas comunidades africanas negociaram ou até colaboraram com as potências imperiais, muitas outras resistiram. Rebeliões e guerras de resistência eram comuns, embora muitas vezes fossem brutalmente reprimidas;

 

• Os europeus exploraram os recursos naturais (principalmente minérios) do solo da África, sem que os africanos tivessem qualquer benefício neste processo.

 

Ilustração da Conferência de Berlim

Conferência de Berlim (1884-1885): partilha da África entre as principais nações europeias.




Consequências do neocolonialismo e imperialismo na África:



O imperialismo aplicado pelos europeus na África na segunda metade do século XIX deixou feridas no continente até os dias de hoje. Além de explorar os recursos naturais, o imperialismo provocou graves conflitos étnicos na África. A cultura africana também foi muito prejudicada neste processo.

 

O imperialismo inglês no continente africano, por exemplo, gerou diversas disputas coloniais. Entre elas, a Guerra dos Bôeres (1899-1902) foi a mais significativa e envolveu ingleses e holandeses.

 

Soldados africanos preparadas para a guerra
Muitas guerras que ocorreram na África, no século XX, foram consequências do imperialismo europeu.

 

 

Conclusão

 

O legado desse período continua a ressoar na África moderna. As fronteiras arbitrárias traçadas pelas potências europeias têm sido uma fonte de conflito, e as estruturas econômicas impostas durante a era colonial contribuíram para os desafios econômicos contemporâneos. Além disso, os impactos culturais e sociais da dominação europeia, incluindo a imposição de línguas e religiões estrangeiras e a supressão dos costumes locais, ainda são evidentes hoje.

 



Última atualização em 24/06/2023.

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).