Pragmatismo na Filosofia

O pragmatismo filosófico é uma escola de pensamento que enfatiza a aplicação prática do conhecimento e a utilidade das ideias.

William James: importante representante do pragmatismo filosófico.
William James: importante representante do pragmatismo filosófico.

 

Definição (o que é)

O pragmatismo é uma tradição filosófica que vê a linguagem e o pensamento como ferramentas para previsão, resolução de problemas e ação, em vez de descrever, representar ou espelhar a realidade. Ele entende o conhecimento do mundo como inseparável da agência dentro dele. Esta abordagem à filosofia enfatiza a aplicação prática das ideias, agindo sobre elas para realmente testá-las nas experiências humanas.

 

Principais características do pragmatismo filosófico:

 

Ele enfatiza a natureza "plástica" da realidade e a função prática do conhecimento como um instrumento para se adaptar e controlar o ambiente.

 

Crença que conceitos, hipóteses e teorias são formados e justificados com base em seus usos práticos e nos papéis que desempenham na direção do comportamento.

 

Valorização da mudança e da ação, criticando doutrinas morais e metafísicas que negligenciam esses aspectos. O pragmatismo também enfatiza a prioridade da experiência real sobre os princípios abstratos.

 

O pensamento é visto como uma ferramenta para resolver problemas e lidar com a experiência, em vez de um meio para alcançar a certeza absoluta.

 

O pragmatismo rejeita a ideia de que existe um fundamento último ou absoluto para o conhecimento.

 

Tolerância de diferentes perspectivas e métodos, refletindo uma abordagem pluralista para a verdade e a realidade.

 

Foto do filósofo Charles Sanders Peirce, homem branco, de meia idade e barba grande

Charles Sanders Peirce: um dos principais filósofos representantes do Pragmatismo.




Principais filósofos representantes:

 

Charles Sanders Peirce (1839-1914): pedagogo e filósofo inglês, defendeu uma abordagem pragmática para a verdade e o conhecimento. É considerado o fundador do pragmatismo.

 

William James (1842-1910): filósofo e psicólogo norte-americano, enfatizou o afastamento da abstração e insuficiência, e a importância da experiência prática e dos efeitos concretos das ideias e crenças na vida das pessoas.

 

John Dewey (1859-1952): considerado um dos principais filósofos do pragmatismo devido à sua abordagem da educação e da democracia, que enfatizava a importância da experiência, da interação e da reflexão crítica na aprendizagem e na vida social. Ele via a educação como um meio vital para a realização pessoal e a melhoria da sociedade.


George Herbert Mead (1863-1931): reconhecido como um filósofo pragmatista por sua teoria do interacionismo simbólico, que destaca a importância da comunicação e da interação social na formação da identidade pessoal e da consciência. Ele argumentava que o self se desenvolve através da participação em comunidades sociais, enfatizando o papel da sociedade na formação dos indivíduos.


Richard Rorty (1931-2007): considerado um filósofo do pragmatismo por sua crítica à filosofia tradicional e sua defesa de uma abordagem mais prática e utilitária do pensamento filosófico. Ele rejeitou a busca por verdades universais e fundamentais, argumentando em favor da contingência das crenças e da importância do diálogo e do consenso na formação do conhecimento.


Filósofos mais recentes associados ao pragmatismo incluem: Nicholas Rescher, Jürgen Habermas, Richard Bernstein, Stephen Stich, Susan Haack, Robert Brandom, Cornel West e Cheryl Misak.


Estes filósofos são considerados pragmatistas porque compartilham uma ênfase comum na aplicação prática das ideias e na inseparabilidade do conhecimento da ação. No entanto, é importante notar que não há um único credo pragmatista, e esses filósofos têm diferentes visões sobre questões importantes e até mesmo discordam sobre quais são as questões importantes. Apesar dessas diferenças, todos eles contribuem para a rica e diversa tradição do pragmatismo na filosofia.

 

 

 



Publicado em 08/02/2024