Sociedade Colonial Espanhola
A Sociedade Colonial Espanhola era uma estrutura social hierárquica estabelecida nas colônias espanholas na América, caracterizada pela divisão rígida entre europeus, indígenas e africanos.

Principais características da sociedade colonial espanhola:
• A maioria da população colonial da América Espanhola era formada por indígenas.
• O espanhol e seus descendentes (nascidos no continente americano) nunca deixaram de ser minoria branca dominadora, aristocrática e exploradora dos nativos americanos (ameríndios). Portanto, a grosso modo, a sociedade da América espanhola pode ser dividida da seguinte forma: brancos de origem espanhola (camada dominante) e indígenas (dominados).
• Os escravizados negros, de origem africana, eram minoria na sociedade colonial espanhola, em comparação com os indígenas. A presença de escravizados africanos, como mão de obra, foi mais comum nas colônias espanholas das Antilhas.
• Outra importante característica dessa sociedade era a presença de profundas diferenças étnicas (etnia significa coletividade de pessoas que se diferencia por sua especificidade sociocultural). Mesmo entre os espanhóis e seus descendentes nascidos na América (brancos) havia grupos, que se diferenciavam um dos outros. Por exemplo, entre os brancos existiam os criollos e os chapetones.
• Os chapetones eram os colonos brancos nascidos na Espanha. Por esse motivo, possuíam mais privilégios. Exerciam cargos públicos na administração colonial, no Poder Judiciário, no Exército e até na Igreja Católica (religião oficial da América Espanhola).
• Os criollos eram os brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Compunham uma camada social rica e proprietária de terras, contudo não possuíam os mesmos privilégios dos chapetones. Eles exerciam cargos públicos, jurídicos, militares e religiosos de menor importância (se comparados com os cargos dos chapetones).
• Assim como no Brasil Colonial, na América espanhola a sociedade era patriarcal. Os papéis de gênero eram rigidamente definidos e as mulheres tinham oportunidades limitadas de mobilidade social, embora houvesse excepções, tais como mulheres em ordens religiosas ou mulheres que herdaram riqueza.
• Grandes propriedades e fazendas eram comuns e a propriedade da terra era um indicador-chave do estatuto social.
• A miscigenação entre indígenas e brancos (espanhóis e descendentes), originou uma camada de mestiços, que atuavam na sociedade como artesãos, pequenos comerciantes, capatazes e outras atividades.
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Pirâmide social da América Espanhola |
Artigo publicado em: 19/11/2019
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
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