A Religião na Grécia Antiga
Na Grécia Antiga os gregos eram politeístas, ou seja, acreditavam na existência de vários deuses.
Politeísmo da religião grega
Os gregos eram politeístas, ou seja, acreditavam na existência de vários deuses. Para este povo, os deuses tinham o poder de agir no mundo material dos humanos.
Os deuses gregos
Os deuses gregos eram imortais, porém podiam apresentavam várias características comportamentais e físicas dos seres humanos. Faziam coisas boas e ruins, certas e erradas, ajudavam ou atrapalhavam a vida das pessoas. Segundo a crença grega, estes deuses habitavam o monte Olimpo e possuíam poderes particulares. Afrodite, por exemplo, era a deusa do amor; Deméter era a deusa das colheitas; Atena a deusa das artes e Zeus o deus dos deuses (deus superior). Além destes principais, havia muitos outros deuses na religião grega.
Os deuses protetores e a relação dos gregos com eles
Cada cidade possuía uma espécie de deus protetor. Este deus tinha um templo e era cultuado também dentro das casas. Os gregos pediam aos deuses proteção, bens materiais e sucesso nas atividades da vida. Para agradar estes deuses, costumavam fazer oferendas, orar e sacrificar animais. Eram comuns as festas realizadas nos templos em homenagem ao deus protetor da cidade.
Dionísio: o deus do vinho e das festas na Grécia Antiga. |
A mitologia grega e suas características
As vidas destes deuses eram contadas, principalmente de forma oral e de geração para geração, através de mitos. Logo, a religião grega era baseada numa rica mitologia com presença de deuses, heróis (semideuses, filhos de deuses com mortais) e outras figuras mitológicas. Além de contar os grandes feitos dos deuses e heróis, estes mitos explicavam a origem do mundo e dos seres humanos, além de outras questões que inquietavam as pessoas como, por exemplo, a morte.
Oráculos e pitonisas
Os gregos também costumavam consultar os oráculos para tentar descobrir o futuro e a vontade dos deuses. Nestes oráculos ficavam as pitonisas que, através de sinas da natureza, ofereciam respostas aos que a consultavam.
Ruínas de Delfos: gregos costumavam ir aos oráculos consultar as pitonisas. |
Práticas de Culto
As práticas religiosas não eram centralizadas; variavam de cidade para cidade e eram reguladas no nível cívico. Rituais frequentemente incluíam sacrifícios de animais, libações e festivais, que eram integrais à vida religiosa grega.
Templos e locais sagrados
Templos foram construídos para honrar os deuses e frequentemente abrigavam estátuas de culto. Essas estruturas eram centrais para o culto público e festivais religiosos.
Locais sagrados e altares eram disseminados, e muitas cidades tinham acrópoles com templos dedicados a várias divindades.
Festivais e jogos
Festivais públicos e jogos eram realizados em honra aos deuses, como os Jogos Olímpicos dedicados a Zeus. Esses eventos tinham significado religioso e eram frequentados por pessoas de todo o mundo grego.
Ausência de dogmas
Ao contrário de algumas religiões, a religião grega antiga não tinha um conjunto de crenças dogmáticas que se tinha que aderir; acreditar na existência dos deuses e participar nos rituais era suficiente.
Religiões Mistério
Religiões mistério ofereciam aos iniciados uma conexão mais pessoal e mística com o divino, muitas vezes prometendo salvação pessoal e benefícios na vida após a morte.
Os Mistérios de Elêusis, centrados na deusa Deméter, estavam entre os mais famosos desses.
SUGESTÃO DE VÍDEO
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
Temas relacionados
Bibliografia Indicada
VERNANT, Jean Pierre. Mito e religião na Grécia Antiga. São Paulo: Wmf Martins Fontes, 2008.
Fontes de referência do texto:
AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo,. História – passado e presente. São Paulo: Editora Ática, 2017.
EYLER, Flávia Maria Schlee. História Antiga – Grécia e Roma: a formação do Ocidente. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.