Política no Egito Antigo

No Egito Antigo o poder político estava totalmente concentrado nas mãos do faraó.

Egito Antigo: poder político nas mãos dos faraós (imagem: faraó Kéfren)
Egito Antigo: poder político nas mãos dos faraós (imagem: faraó Kéfren)

 

O poder do faraó



No Egito Antigo, o governo era monárquico e teocrático (poder político fundamentado no poder religioso). O faraó era o rei, considerado o filho do deus Sol e representante dos deuses na Terra. De acordo com a mitologia egípcia, o faraó mandava no mundo terrestre, assim como os deuses governavam o mundo celestial. Logo, o poder político no Egito Antigo ficava concentrado nas mãos do faraó.



Os faraós herdavam o poder de seus pais. Desta forma, o poder era hereditário e ficava, por grandes períodos, numa mesma família (dinastia).



Justiça e leis



Era o faraó que criava e decidia sobre a aplicação das leis no Egito. Quem não cumpria as leis faraônicas poderia ser castigado de diversas formas. Entre os castigos mais comuns, podemos citar: prisão, pagamento de multas, açoites e até mesmo a pena de morte. No entanto, há evidências de julgamentos, onde ambos os lados de uma disputa eram ouvidos, e a justiça era administrada com uma tentativa de imparcialidade.



Nas cidades egípcias existiam os tribunais de justiça. Os faraós possuíam um grande número de escribas e funcionários, que os ajudavam na administração do reino. Todos esses órgãos governamentais formavam o Estado Egípcio.

 

Governo, administração e os nomos

 

A administração do Antigo Egito era altamente organizada e hierárquica. O faraó era apoiado por uma classe de burocratas profissionais que gerenciavam os assuntos cotidianos do estado. Esses oficiais eram frequentemente membros da nobreza, treinados em escrita e administração, e leais ao Faraó. O Egito era dividido em regiões chamadas nomos (espécie de províncias). Cada nomo era governado por um príncipe, que tinha como seu superior o faraó.



Manutenção do governo



Grande parte dos rendimentos arrecadados pelos faraós, usados para manter o funcionamento da máquina administrativa e a vida luxuosa da corte, vinha dos impostos pagos pelas camadas mais pobres da sociedade (agricultores, artesãos e pequenos comerciantes). O governo egípcio também usava a mão de obra escrava na execução de grandes obras públicas (canais de irrigação, templos, diques, reservatórios de água, etc.) e privadas (palácios, pirâmides, etc.).




Você sabia?



- Os egípcios acreditavam que para o faraó manter seu poder divino, ele só poderia se casar com mulheres de sua família.

 

- Embora concentrasse todo o poder, muitos faraós optaram por ter e consultar conselheiros. Estes eram pessoas próximas ao faraó, que conheciam assuntos específicos. Geralmente, eram integrantes da nobreza e chefes militares.

 

Imagem de uma escultura de um escriba egípcio

Os escribas eram funcionários reais que tinham a função de escrever as leis que eram definidas pelos faraós.

 



Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).