Monismo na Filosofia

O monismo defende que sustentam que o universo é formado por uma única substância.

Parmênides: exemplo de filósofo pré-socrático monista.
Parmênides: exemplo de filósofo pré-socrático monista.

 

O que é Monismo na Filosofia


Monismo na filosofia é a crença de que todas as coisas são fundamentalmente compostas de uma substância ou princípio único. Esta visão contrasta com o dualismo, que sustenta que a realidade consiste em duas substâncias fundamentalmente diferentes (como mente e matéria), e o pluralismo, que postula múltiplas substâncias ou princípios fundamentais.



Variantes do Monismo e suas ideias filosóficas:



• Monismo material: esta forma de monismo afirma que apenas a matéria é real, e tudo pode ser explicado em termos de matéria e fenômenos físicos. As ideias aqui muitas vezes se cruzam com o fisicalismo, a visão de que tudo é físico ou como superveniente ao físico.


• Monismo idealista: argumenta que a realidade é fundamentalmente mental ou espiritual. Sustenta que o universo existe na mente ou como uma construção da consciência, e não há uma realidade física subjacente independente da percepção.


• Monismo neutro: esta abordagem, menos comum, sugere que a substância fundamental do universo não é nem física, nem mental. Em vez disso, postula uma substância neutra, ou uma substância que não é adequadamente descrita como mente ou matéria. Esta visão tenta preencher a lacuna entre materialismo e idealismo.


• Monismo de substância: esta é a crença de que há apenas um tipo de substância que compõe o universo, contrastando com o dualismo e o pluralismo. É uma forma mais geral de monismo, abrangendo tanto o monismo material quanto o idealista.



Exemplos de filósofos considerados monistas:


Tales de Mileto: muitas vezes considerado o primeiro filósofo ocidental, Tales acreditava que o princípio subjacente de todas as coisas é a água, tornando-o um monista por propor uma única substância fundamental.


Parmênides
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filósofo grego, postulou que a realidade é uma única substância inalterável, não gerada e indestrutível. Parmênides é conhecido por sua visão de que todas as mudanças e pluralidade são ilusões, afirmando uma forma de monismo.


Anaxímenes de Mileto: defendia que uma única substância fundamental, o ar, era a origem de todas as coisas no universo. Ele acreditava que diferentes formas e fenômenos da natureza podiam ser explicados pela condensação ou rarefação do ar, representando assim uma perspectiva monista da realidade.

Baruch de Espinoza: foi um monista proeminente, conhecido por sua visão panteísta onde Deus e Natureza são dois nomes para a mesma realidade. De acordo com Espinosa, tudo que existe é parte da única substância infinita que ele chama de 'Deus ou Natureza'.


Friedrich Hegel: a filosofia idealista de Hegel, onde a realidade e o pensamento são vistos como um único processo unificado, é frequentemente interpretada como uma forma de monismo. Ele propôs que a realidade última é um espírito absoluto ou mente cósmica.


Bertrand Russell: ele é conhecido por sua versão de monismo neutro. Russell postulou que tanto a mente quanto a matéria são construídas a partir de uma substância neutra, que em sua visão eram eventos ou sensibilia.

 

Pintura do filósofo grego Anaxímenes de Mileto

Anaxímenes de Mileto: exemplo de filósofo monista grego da Antiguidade.

 


Legado dos monistas para a Filosofia

 

A contribuição dos monistas para a filosofia reside principalmente em sua exploração da natureza fundamental da realidade, desafiando e enriquecendo nossa compreensão do universo. Ao propor que todos os aspectos da existência (seja física, mental ou espiritual) são manifestações de uma única substância ou princípio subjacente, os monistas forneceram uma perspectiva única que contrasta com estruturas mais complexas como o dualismo e o pluralismo. Esse foco singular influenciou vários debates filosóficos, desde a natureza da consciência até a relação entre mente e matéria.

 

As filosofias monistas, em suas diferentes formas, estimularam discussões críticas em metafísica, epistemologia e até ética, moldando a maneira como concebemos a unidade e a diversidade no mundo natural e metafísico. Seu trabalho não só foi fundamental na história da filosofia, mas continua a influenciar o pensamento filosófico contemporâneo, particularmente em discussões sobre a natureza da existência e a busca por uma compreensão unificada da realidade.

 

 



Publicado em 01/02/2024