Religião do Egito Antigo

A religião do Egito Antigo era caracterizada pelo politeísmo e crença na vida após a morte.

Religião do Egito Antigo: crença em vários deuses
Religião do Egito Antigo: crença em vários deuses

 

Introdução: a importância



A religião no Egito Antigo era marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prática religiosa era muito valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias ocorriam em diversas cidades. A religião egípcia teve grande influência em várias áreas da sociedade.


Principais características da religião egípcia antiga:


Os egípcios eram politeístas (acreditavam em vários deuses). De acordo com este povo, os deuses possuíam poderes específicos e atuavam na vida das pessoas. Havia também deuses que possuíam o corpo formado por parte humana e parte de animal sagrado. Anúbis, por exemplo, deus da morte, era representado com cabeça de chacal num corpo de ser humano.

 

Outros deuses importantes da religião egípcia foram: Amonet (deusa do oculto), Ápis (deus da fertilidade), Atón (deus solar criador), Hator (deusa da fertilidade e do amor), Hórus (deus da guerra), Néftis (deusa dos rios), Osíris (deus da recriação), Set (deus da destruição e do mal), Tote (deusa da escrita e da sabedoria) e Tuéris (deusa da fertilidade).


Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas. Esses rituais eram realizados por sacerdotes.

 

As crenças religiosas egípcias estavam profundamente ligadas à sua compreensão da cosmologia. Os mitos explicavam a criação do mundo, os movimentos do sol e das estrelas e os ciclos de vida e morte.

 

Pintura de sacerdotes egípcios fazendo um ritual

Sacerdotes egípcios realizando um ritual religioso.

 

 

No Egito Antigo existiam diversos templos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor.

 

A magia era um aspecto fundamental da religião egípcia. Amuletos, feitiços e práticas mágicas eram meios comuns para buscar proteção, cura e danos contra outras pessoas.



Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris. O coração era pesado e, de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração.

 

Foto do Templo de Luxor, construído no Egito Antigo
Templo de Luxor, construído no Egito Antigo em homenagem ao deus Amon.

 

 

Aton, o disco solar

 

Ao longo dos milênios, a religião egípcia evoluiu. Novas divindades surgiram e a importância de certos deuses aumentou e diminuiu. A mudança mais radical ocorreu durante o reinado do Faraó Akhenaton, que impôs brevemente uma forma de monoteísmo centrada na adoração de Aton, o disco solar. No entanto, após a sua morte, as práticas religiosas tradicionais foram restauradas.

 

 

Vocabulário do texto:

 

1. Politeísmo: crença em diversos deuses, cada um com funções e poderes específicos.

2. Cosmologia: estudo ou compreensão da origem e estrutura do universo, frequentemente ligado às crenças religiosas.

3. Anúbis: deus egípcio associado à morte, geralmente representado com cabeça de chacal e corpo humano.

4. Tribunal de Osíris: conceito egípcio de julgamento após a morte, onde o coração do falecido era pesado para determinar seu destino.

5. Amuleto: objeto usado como talismã ou proteção espiritual, comumente associado à magia egípcia.

6. Aton: divindade egípcia representada pelo disco solar, central na breve introdução do monoteísmo por Akhenaton.

7. Ammut: criatura mitológica que devorava o coração dos mortos considerados impuros no julgamento.

8. Sacerdote: indivíduo responsável por realizar rituais e manter a conexão entre a comunidade e os deuses.

 

 




Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).